No cenário competitivo do comércio eletrônico, o frete não é apenas um detalhe logístico: é um fator decisivo para a conversão de vendas e para a saúde financeira do negócio. Equilibrar a equação entre entregas rápidas, qualidade no serviço e custos operacionais baixos é o grande desafio dos gestores atuais.
Se a sua operação sofre com margens apertadas devido à movimentação de mercadorias, você precisa rever sua estratégia logística. Abaixo, a VINICOM traz os principais gargalos do transporte no Brasil e apresentamos soluções práticas, baseadas na Logística 4.0, para reduzir despesas imediatamente. Confira!
Por que o frete no Brasil é tão caro?
Antes de aplicar as soluções, é vital entender onde o dinheiro está sendo drenado. A concentração de investimentos no transporte ocorre, majoritariamente, por três fatores estruturais. Vamos conferir?
1. Desafio territorial
O Brasil possui dimensões continentais. Enviar um produto do Nordeste para o Sul, por exemplo, exige trajetos extensos e complexos. O custo do frete é diretamente proporcional à quilometragem e à dificuldade de acesso de certas regiões, o que encarece a operação e, muitas vezes, inviabiliza o frete grátis.
2. O gargalo da “Last Mile” (última milha)
A Last Mile compreende a etapa final da entrega: a saída do Centro de Distribuição (CD) até a porta do cliente. É aqui que se define a satisfação do consumidor, mas é também onde os custos explodem.
Assim, garantir a precisão e a velocidade nesta etapa exige investimentos pesados, tornando-a a fase mais cara de toda a cadeia logística.
3. Incompatibilidade de modelos de carga
O modelo tradicional de transportadoras foca em cargas cheias (lotação) para diluir custos. No entanto, o e-commerce (B2C e D2C) opera com volumes fracionados e menores.
- O problema: esperar juntar volume para encher um caminhão atrasa a entrega.
- A alternativa cara: contratar entregas dedicadas resolve o prazo, mas eleva drasticamente o preço do frete.
Como reduzir custos com transporte no e-commerce?
A resposta para contornar esses obstáculos está na inovação tecnológica. Confira estratégias de Logística 4.0 que estão revolucionando o mercado:
1. Adoção de Smart Lockers (armários inteligentes)
Os Smart Lockers atacam diretamente o custo da Last Mile. Trata-se de armários posicionados em locais de alto tráfego (como estações de metrô e shoppings).
Como isso reduz custos?
- Centralização: a transportadora deixa vários pedidos em um único local, eliminando a necessidade de ir de porta em porta.
- Fim das reentregas: o cliente retira a mercadoria quando puder, acabando com os custos de tentativas de entrega falhas (quando não há ninguém em casa).
- Agilidade: reduz o prazo final e aumenta a satisfação do cliente pela conveniência.
2. Implementação do Cross Docking
O Cross Docking é um sistema de distribuição “sem estocagem”. A mercadoria chega ao Centro de Distribuição e é imediatamente despachada para o cliente final, sem passar tempo parada nas prateleiras.
Vantagens financeiras
- Custo de armazenagem zero: elimina despesas com a manutenção de estoque parado.
- Menor custo com pessoal: exige menos manuseio e equipe dentro do armazém.
- Velocidade: encurta drasticamente o ciclo do pedido, entregando mais rápido e girando o capital da empresa com mais eficiência.
Logística inteligente
Insistir apenas no modelo tradicional rodoviário, em um país com a malha do Brasil, é arriscado para a experiência do cliente e para o caixa da empresa. A migração para modelos híbridos, que utilizam Cross Docking e pontos de retirada inteligentes, não é apenas uma tendência, é uma necessidade de sobrevivência e competitividade.
Agora queremos saber a sua opinião: qual dessas estratégias você acredita que seria mais difícil de implementar na sua operação atual: a mudança cultural do Cross Docking ou a tecnologia dos Smart Lockers?
